quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Artigo publicado na Revista do Professor

ECORECREAÇÃO: com a natureza se aprende brincando


JUSTIFICATIVA
Há muito tempo, instituiu-se que a escola seria fechada, silenciosa e dividida, assim como é hoje, em disciplinas e matérias. Os alunos ficariam trancados em salas de aula, confinados em reduzidos espaços, sentados durante horas e horas. Os contatos com outros alunos seriam mínimos, só se poderia falar com autorização dos professores, quando houvesse oportunidade. Os jogos e as brincadeiras seriam os grandes inimigos da disciplina e deveriam ser banidos das instituições escolares.
Hoje, continua-se dando ênfase ao aspecto informativo e à aula expositiva. Basicamente, está se fazendo com que o aluno adquira conhecimento através da transmissão verbal ou escrita. Forma-se assim, um verdadeiro ciclo em que o professor explica aos alunos como são as coisas e o aluno registra tudo no caderno. O conhecimento é aceito passivamente. Em época de provas, o conteúdo é estudado, ou seja, decorado e durante a verificação, o conhecimento pretendido é posto à prova.
A escola é um mundo de silêncio e imobilidade, onde os papéis de cada um estão previamente determinados. O aluno cala, escuta, obedece e é julgado, enquanto que o professor sabe, ordena, decide, julga, anota e pune. É comum que o professor seja considerado um bom profissional quando seus alunos se mantêm quietos e comportados durante as aulas. As classes barulhentas são normalmente tidas como sendo conduzidas por professores permissivos e sem autoridade.
Aprender significa repetir o certo, contudo, aprender ciências parece ser repetir palavras difíceis. Até mesmo o significado das palavras parece não ser algo importante. Em geral, os assuntos estudados na escola não têm qualquer utilidade ou relevância para o aluno. As palavras ou símbolos usados pelos professores não têm o correspondente simbolizado para o aluno em sua experiência concreta.
O objetivo principal do professor deve ser o de despertar o interesse dos alunos, de modo a conseguir sua atenção. O incentivo à aprendizagem é o conjunto de estímulos que desperta nos alunos sua motivação, de forma que suas necessidades, interesses e desejos sejam canalizados para as tarefas referentes ao estudo.
Se faz mister proporcionar ao aluno independência, valorizando a iniciativa, a responsabilidade e o uso da experiência pessoal, para que se tornem fatores motivacionais na construção do auto conhecimento; deve-se proporcionar a possibilidade de criticar, questionar, argumentar e discutir suas experiências à luz de teorias.
Não se pode esquecer que a aquisição do conhecimento pode e deve envolver o aspecto lúdico do mesmo: o brincar de descobrir e de saber. A aquisição do conhecimento pode e deve ser acompanhada também do prazer de descobrir, dessa forma, aprender não tem que ser uma coisa chata.
O ensino deveria procurar conservar o espírito lúdico das crianças, o que pode ser conseguido através da proposição de atividades desafiadoras e inteligentes. As experiências devem ser de tal espécie que promovam uma participação alegre e curiosa das crianças, possibilitando assim o prazer de fazer descobertas pelo próprio esforço. Dessa maneira, o ensino de ciências estará integrando mundo, pensamento e linguagem, possibilitando às crianças uma leitura de mundo mais ampla e consciente.
É por meio do lúdico e de um mundo de fantasias, encantamentos, alegrias e sonhos que a realidade e o faz de conta se confundem, fazendo com que o indivíduo construa a sua concepção de mundo e a sua própria identidade, oportunizando seu conhecimento e aprendizagem por meio da brincadeira. O jogo torna tudo muito estimulante e prazeroso e, com isso, oportuniza ótimos resultados no desenvolvimento emocional, cognitivo, motor e social do ser humano.

OBJETIVOS
Para o desenvolvimento deste projeto, foram definidos os seguintes objetivos:

Gerais
Estimular o interesse e a motivação dos alunos pelos assuntos e temas desenvolvidos nas aulas de ciências, através do prazer e da alegria proporcionado pelos jogos e atividades lúdicas, numa análise crítica da sua realidade no contexto sócio-ambiental local.

Específicos

Cognitivo:
Adquirir conhecimentos específicos para uma melhor análise e compreensão da natureza, refletindo criticamente situações e posicionamentos, a fim de garantir um meio ambiente saudável.
Afetivo:
Reconhecer a importância dos assuntos desenvolvidos nas aulas de ciencias, valorizando o conhecimento adquirido para a preservação e proteção do meio ambiente, como também, participar ativamente de movimentos em prol da causa ambiental.
Psicomotor:
Explorar o corpo e os espaços interagindo no seu meio, desenvolvendo habilidades e coordenações motoras, como também, a manipulação de objetos, incorporando atitudes e hábitos ecologicamente corretos e saudáveis.

METODOLOGIA
Recorrendo a minha própria experiência e a depoimentos de professores, constato que, de maneira unânime, considera-se o jogo e as atividades lúdicas uma estratégia pedagógica importante e indispensável. No entanto, quando procuram justificar seus benefícios, não apresentam argumentos cientificamente consistentes e coerentes.
Cabe ressaltar também, que neste projeto foram trabalhadas as áreas de conhecimento das ciências naturais e educação física, no planejamento do projeto, nos temas e assuntos escolhidos para desenvolver as atividades, na aplicação, condução e avaliação.
Outro aspecto importante deste projeto é a sintonia com o Projeto Político Pedagógico da escola. Desde o início, preocupamo-nos com o compromisso social, definindo ações educativas para com a formação do aluno cidadão, respeitando a filosofia da escola, seus objetivos, fundamentos e propostas de ensino-aprendizagem.
Vivenciando e refletindo essa experiência, entendo que esse estudo só teria sentido se pudesse contribuir para qualificar nossa prática pedagógica e promover possíveis mudanças superadoras e qualitativas no ensino das ciências naturais e da educação física no ensino fundamental.
As atividades e jogos, para serem úteis como recurso para o ensinar e o aprender devem ser desafiadoras e interessantes. Devem também permitir a participação e autonomia de todos, estabelecer relações com o conteúdo, permitir a auto-avaliação, considerar todo o contexto escolar e, principalmente, apresentar um caráter lúdico.
É fundamental estabelecer nas atividades um clima social de referência positiva, incentivado por critérios facilitadores da aprendizagem, a saber: uma atmosfera de espontaneidade, de liberdade, de aceitação e de aconchego, respeito aos pontos de vista individuais, métodos de trabalho flexíveis, trabalhos com objetividade e comunicação facilitada entre os participantes.
O papel do professor será definir, de forma clara, os objetivos a serem atingidos. Deverá também determinar os conteúdos e assuntos que serão abordados, escolher o jogo mais adequado, formular e explicar as regras de forma clara e precisa, especificar os recursos e/ou materiais que serão usados, permitir que os alunos relatem suas descobertas, desenvolver jogos de acordo com a faixa etária dos alunos, e, por fim, determinar o tempo e espaço das atividades.
O aluno deve reconhecer que os jogos e atividades servem para potencializar seu aprendizado, deve explorar, questionar e descobrir através de sua própria capacidade, construindo seu saber com alegria , prazer e, acima de tudo, ter em mente o pensamento crítico a respeito daquilo que faz.
Através destas reflexões, desenvolvi um ritual de ensino e aprendizagem de jogos e atividades lúdicas que seguem três etapas: em um primeiro momento, reúno os alunos em uma roda, para conversar sobre o tema, verificar os seus conhecimentos e experiências, comentar sobre os assuntos que serão abordados e explicar, teoricamente, como serão desenvolvidas as atividades ecorecreativas.
Em um segundo momento, aplico as atividades ecorecreativas, no pátio da escola, em uma área livre ou em uma quadra desportiva, organiza-se os alunos, explicando a atividade. Enquanto ocorrem as atividades, o professor observa e incentiva a participação de todos, interferindo, quando surgir um conflito ou para orientar o bom desenvolvimento da mesma.
Por fim, o grupo deve novamente se reunir em uma roda, para verbalizar o que fizeram durante as atividades ecorecreativas, ou seja, fazer um resumo oral, comparando a prática lúdica à teoria existente referentes aos temas e assuntos trabalhados, como também, aplicação dos instrumentos avaliativos.

ATIVIDADES

A seguir, descreverei algumas atividades desenvolvidas no projeto, organizadas em temas contextualizados com a realidade dos alunos, sendo elas: O Arroio Pampa, a Vida Animal, Vida Vegetal, Meio Ambiente e Corpo Humano.

Tema 1: O Arroio Pampa
Objetivo Geral: Aplicar jogos ecorecreativos relacionados à poluição do Arroio Pampa, levando os alunos a identificar os problemas ecológicos e ambientais, como também, conscientiza-los sobre a importância da preservação e proteção do mesmo, sendo que este é tão importante para a comunidade.

Atividade 1: TROQUEM DE LUGAR AQUELES QUE...

Objetivo: Proporcionar o conhecimento de hábitos e atitudes do dia-a-dia que possam influenciar positiva ou negativamente na vida do Arroio Pampa.
Formação: Essa atividade pode ocorrer com bambolês ou com círculos desenhados no chão, sendo que os alunos deverão estar dispostos em uma roda.
Desenvolvimento:
- cada aluno deverá estar dentro de um bambolê ou círculo desenhado;
- alguns alunos poderão ficar no centro da roda sem bambolê ou círculo;
- cada vez que o professor falar uma atitude, em relação ao arroio, já efetuada pelo aluno, estes deverão trocar de lugar o quanto antes;
- quem ficar sem um bambolê ou círculo aguarda a próxima vez para entrar em um destes;
- só poderá ficar um aluno dentro de cada bambolê ou círculo.
Exemplo:
1. Troquem de lugar todos aqueles que já jogaram lixo no Arroio Pampa;
2. Troquem de lugar todos aqueles que já pescaram no Arroio Pampa;
3. Troquem de lugar todos aqueles que já viram esgoto sendo lançado na água do Arroio Pampa;
4. Troquem de lugar todos aqueles que já se banharam nas águas do Arroio Pampa;
5. Troquem de lugar todos aqueles que já tiraram de dentro do Arroio Pampa algum tipo de lixo;
6. Troquem de lugar todos aqueles que já beberam água do Arroio Pampa;
7. Troquem de lugar todos aqueles que já viram peixes dentro do Arroio Pampa;
8. Troquem de lugar todos aqueles que já viram uma ave se banhar nas águas do Arroio Pampa;
9. Troquem de lugar todos aqueles que já viram animais bebendo água do Arroio Pampa;
10. Troquem de lugar todos aqueles que já viram erosão nas margens do Arroio Pampa.

Refletindo:
Após a brincadeira, podemos aprofundar sobre os comportamentos e atitudes de todos nós em relação ao arroio. Embora muitas soluções sejam buscadas, em várias esferas, todos nós podemos colaborar para que a água doce não falte no futuro. A preservação, economia e o uso racional da água deve estar presente nas atitudes diárias de cada um. A pessoa consciente deve economizar, pois o desperdício de água doce pode trazer perigosas conseqüências num futuro pouco distante.

Atividade 2: ARROIO COLORIDO
Objetivo: Reconhecer as características ambientais do ecossistema que envolve o Arroio Pampa.
Formação: Livres, distribuídos em uma área pré-determinada.
Desenvolvimento:
- nesta atividade o professor fala para os alunos: – Arroio colorido! E, os alunos perguntam: – Que cor? O professor fala alguma coisa feita de matéria, no caso relacionado com o Arroio Pampa;
- cada vez que o professor falar um item, os alunos deverão descobrir a cor deste e encostar na vestimenta de um colega que esteja vestindo essa cor;
- se os alunos utilizam uniforme padronizado, pode-se dar fitas com cores diferentes, ou pintar uma parte corporal.
Exemplo:
- Arroio colorido! Que cor? A cor do arroio poluído (Resposta: marrom);
- Arroio colorido! Que cor? A cor da mata ciliar (Resposta: verde);
- Arroio colorido! Que cor? A cor da espuma no arroio (Resposta: branco);
- Arroio colorido! Que cor? A cor do peixe Dourado (Resposta: amarelo);
- Arroio colorido! Que cor? A cor da terra argilosa das margens do arroio (Resposta: vermelha);
- Arroio colorido! Que cor? A cor do céu em dia de sol refletido no arroio (Resposta: azul);
- Arroio colorido! Que cor? A cor do fogo na mata ciliar (Resposta: laranja).
Refletindo:
Após o jogo podemos conversar com os alunos sobre a poluição nos arroios e rios, que começou com a deposição de dejetos humanos e animais ao longo dos mananciais, dos leitos de rios e arroios e por infiltração nos lençóis freáticos. A poluição evoluiu através dos anos, com o desenvolvimento da indústria como dos: agrotóxicos, polímeros e o crescimento do contingente humano no planeta, observa-se uma perda inconsciente do solo, do subsolo, das águas correntes, do ar que respiramos e das chuvas. Fato que está gerando até problemas de saúde pública. É fato constatado que a maior parte das mortes por doenças são devidas a ingestão de água contaminada.

Atividade 3: PIQUE DOS PEIXES DOS SINOS

Objetivo: Conhecer e identificar os diferentes peixes existentes nos rios e arroios da região.
Formação: Alunos em uma roda, no início da atividade. Após início da atividade, distribuir aleatoriamente os alunos em uma área livre pré-determinada para o desenvolvimento do jogo.
Desenvolvimento:
- o professor determinará o nome de um peixe que vive nos rios da região, para cada aluno que está na roda, ressaltando que os colegas do lado direito e do lado esquerdo devem prestar atenção aos peixes que estão sendo denominados para estes;
- após determinar os animais para cada aluno, o professor pede para que todos saiam da roda e se distribuam aleatoriamente pela área do jogo, sendo que o professor determinará, em voz alta um peixe;
- após determinar o peixe, todos deverão identificar quem é este colega para poder pegá-lo.
Exemplo:
Peixes que vivem nos rios da região, entre eles: Traíra - Branca - Limpa-Fundo - Violinha - Jundiá - Mussum - Cascudo - Mandi - Piava - Grumata - Cará - Lambari - Joaninha - Peixe-Lápis - Viola - Pintado - Voga - Dourado - Voguinha – Barrigudinho.
Refletindo:
Com este jogo podemos abordar a questão da maior mortandade de peixes nos últimos trinta anos no Rio dos Sinos. Comentando que morreram mais de um milhão de peixes, o equivalente a mais de 50 toneladas, entre os peixes mortos estão diversas espécies, como traíras, dourados, pintados, piavas, grumatãs e lambaris. Mostrando o descaso com o meio ambiente, tanto de alguns poluidores individuais, que nas madrugadas de expectativa de chuva lançam dejetos sem tratamento, como dos poderes públicos que postergam sempre o início do tratamento dos esgotos domésticos e que não dão prioridade política para a manutenção de órgãos ambientais eficientes para fiscalizar aquelas que agridem a natureza com o rigor que a sociedade espera.
Variação da Atividade:
Pode-se abordar outros grupos de animais que vivem ou dependem dos rios e arroios para viver, como por exemplo: Répteis: cobra-verde, coral, caninana, muçurana...; Aves: gaviões, marrecas, saracuras, carcará, urubús, curicaca, curujas, sabiás, beija-flores, pica-paus, bem-te-vis...; Mamíferos: gambás, veados, bugios, mão-peladas, gatos-do-mato, graxains...

Atividade 4: LUGAR DE LIXO NÃO É NO ARROIO
Objetivo: Mostrar a importância da coleta seletiva e reciclagem, denotando a sua relevância para o meio ambiente e, principalmente, alertar sobre o fato de que o arroio não é “latão de lixo”.
Material: Fitas nas cores verde, amarela, vermelha, azul e marrom. Crachás com desenhos ou figuras de materiais recicláveis: garrafas plásticas, latas de alumínio, jornais ou revistas, frascos de vidro e cascas de frutas.
Formação: Escolher alguns alunos para serem os coletores do lixo. Estes deverão estar identificados com fitas das cores do lixo que recolherão, para colocar em locais pré-determinados e o restante dos alunos estarão identificados com um crachá, que terá desenhado ou colado uma figura de um lixo reciclável para que o seu coletor o pegue.
Desenvolvimento:
- cada participante deverá estar dentro do rio, em um local pré-determinado pelo professor, com o lixo que representa no seu crachá. Haverá cinco coletores os quais recolherão: vidro, metal, plástico, papel e orgânico. Estes deverão coletar seus respectivos lixos e depositá-los em um lugar adequado delimitado pelo professor. Os resíduos ficarão no depósito até que o último lixo seja coletado e depositado.
Refletindo:
A poluição mais comum é aquela causada pelo lixo que o homem joga nos rios. O crescimento das cidades e de sua população aumentaram os problemas, porque o tratamento de esgotos e de fossas não conseguiu acompanhar o ritmo de crescimento urbano.
Produtos químicos e sujeira dos esgotos são jogados diretamente nos rios ou afetam os lençóis d’água que formam as nascentes. O excesso de sujeira funciona como um escudo para a luz do sol, afetando o leito dos rios e seu ciclo biológico. Ou seja, as plantas e animais que nele vivem passam a sofrer problemas.

Atividade 5: CAÇA ECOLÓGICA
Objetivo: Localizar objetos, situações e seres vivos no arroio, desenvolvendo o hábito de apreciar sem causar danos ao ambiente natural e sensibilizar-se a respeito das coisas erradas que o ser humano faz para a natureza.
Material: Distribuir aos alunos uma lista de coisas para observarem e marcarem.
Desenvolvimento:
- os alunos receberão uma relação de elementos que deverão localizar e observar;
- percorrerão uma área pré-determinada, buscando visualizar o maior número possível de itens relacionados na lista;
- os participantes irão se reunir e fazer a conferência dos itens localizados e não localizados, bem como farão o reconhecimento do local onde foram avistados;
- os alunos não poderão arrancar, retirar ou pegar os materiais citados.
Exemplo:
1. ( ) Local:_____________________ Um pneu dentro do arroio.
2. ( ) Local:__________ Uma planta nas margens do arroio que demonstre que um inseto a visitou.
3. ( ) Local:_____________________ Um garrafa plástica boiando na água.
4. ( ) Local:_____________________ Um indício de erosão nas margens do arroio.
5. ( ) Local:_____________________ Espuma na superfície da água do arroio.
6. ( ) Local:_____________________ Um animal camuflado nas margens do arroio.
7. ( ) Local:_____________________ Um inseto polinizando uma flor às margens do arroio.
8. ( ) Local:_____________________ Plantas aquáticas no fundo da água do arroio.
9. ( ) Local:_____________________ Um tronco em decomposição nas margens do arroio.
10. ( ) Local:_____________________ Um animal bebendo a água do arroio.

Refletindo:
Com este jogo, podemos verificar a importância dos arroios e rios, já que eles são fonte de vida. Suas águas são essenciais para que possamos viver, bebendo, banhando-se, navegando, além de outras utilidades. Um rio sem poluição é aquele em que os peixes e as plantas crescem naturalmente, tem águas limpas e cristalinas. Sua água serve para regar plantações, tomar banhos e também para beber. Para um rio ser assim, é preciso que não se jogue lixo, nem esgoto diretamente nele.
Pode-se questionar com os alunos o que é um arroio ou rio poluído, desde a introdução de materiais químicos, físicos e/ou biológicos que afetam a sua qualidade. Esse processo vai desde simples saquinhos de papel até os mais perigosos poluentes tóxicos, como os pesticidas, metais pesados (mercúrio, cromo, chumbo) e detergentes.

Atividade 6: MENSAGEM ECOLÓGICA SECRETA
Objetivo: Desenvolver temas de proteção e conscientização ecológica através de frases.
Material: Sem material específico.
Formação: Duas equipes. Uma equipe formará uma barreira entre um dos componentes do grupo adversário e o restante da equipe.
Desenvolvimento:
 o professor dirá a mensagem ecológica secreta no ouvido do aluno que passará esta para a sua equipe;
- o grupo que estiver entre a equipe adversária deverá impedir que a mensagem ecológica secreta seja transmitida entre o indivíduo que sabe a frase e os seus colegas, através de gritos, sons e barulhos que empeçam a transmissão desta;
- marca ponto o grupo que conseguir transmitir a mensagem, após um tempo determinado, depois invertem-se os grupos.
Exemplo:
 Vamos cuidar melhor do nosso Arroio!
- Não é para jogar lixo no Arroio!!
- O esgoto polui a água do Arroio!
- Os agrotóxicos poluem a terra e a água do Arroio!
- O desmatamento da mata ciliar causa erosão nas margens do Arroio!
- Por falta de consciência o homem polui o ambiente!
- A falta de saneamento básico pode espalhar doenças!
Refletindo:
O homem é o único ser vivo que destrói o ambiente em que vive. Nenhum outro habitante do planeta polui o ar, contamina a água, devasta florestas...As cidades são os centros de trabalho e moradia da maioria das pessoas. Algumas chegam a ter milhões de habitantes! Para abastecer e abrigar toda essa gente, consumimos energia, exploramos muitos recursos naturais e produzimos muito lixo. A ação do homem é perigosa pois é feita em grandes proporções. A fumaça das indústrias, das queimadas e dos carros das grandes cidades enchem o céu de gases tóxicos. Os esgotos não-tratados e o lixo produzido por indústrias e por milhões de pessoas contaminam a água e o solo.

Tema 2: A Vida Animal (fauna)

Objetivo Geral: Aplicar jogos e atividades ecorecreativas, possibilitando um melhor conhecimento da vida animal da região, levando os alunos a descobrirem como vivem os animais, como é o seu comportamento, como convivem e onde esta convivência se dá.

Atividade 1: APRESENTANDO OS BICHINHOS
Objetivo: Proporcionar a interatividade através da imitação da locomoção e formas de movimentos dos animais, integrando melhor o grupo e favorecendo o conhecimento mútuo através da descontração.
Formação: Formar uma grande roda com os participantes.
Desenvolvimento:
- cada um se apresentará dizendo o seu nome ao grupo e imitando um animal, caminhando em direção ao centro do círculo;
- após o movimento todos os participantes imitarão o mesmo movimento em direção ao centro do círculo;
- o seguinte apresenta-se e também imitando um animal, com sons e movimentos, até o centro do círculo. Após todos deverão repetir os mesmos sons e movimentos do colega. E assim sucessivamente.
Refletindo:
A locomoção é um tema que se pode trabalhar nesta atividade, abordando por exemplo o sistema muscular, que é responsáveis pelo movimento dos animais, através da sua contração e distensão. Como também, os tipos de locomoções dos animais, que podem se locomover no solo através das marchas, corridas, saltos e reptações; Que se locomovem no ar, através do vôo; E, os animais que se locomovem na água, através da natação.

Atividade 2: ACHE SEU PARCEIRO
Objetivo: Identificar animais comuns pelo nome e agrupar alguns animais de acordo com suas características.
Material: Cartões com nome ou desenho de animais diferentes (pode-se repetir os animais).
Desenvolvimento:
- os alunos deverão pegar os cartões sem mostrar para os demais colegas;
- ao sinal do professor, os participantes devem iniciar o jogo imitando o seu animal, fazendo sons próprios ou movimentando-se igual ao seu animal;
- após o término do jogo, o pequeno grupo apresenta a sua imitação para os demais poderem adivinhar;
Refletindo:
O professor poderá abordar nesta atividade questões que envolvam a fauna do Rio Grande do Sul, principalmente os mamíferos silvestres, já que são animais vertebrados, de sangue quente, corpo geralmente recoberto de pêlos, fêmeas providas de glândulas mamárias e são os mais evoluídos da escala zoológica. Outras características importantes que distinguem os mamíferos dos outros vertebrados são dentes diferenciados em incisivos, caninos, pré-molares e molares e uma membrana muscular que separa o tórax do abdome, chamada de diafragma. Os mamíferos estão em um grupo muito grande, apresentando em torno de 5.000 espécies, no Rio grande do Sul já foram registradas 141 espécies, ou seja, 35% do total de mamíferos conhecidos no Brasil, dentre eles podemos citar: lobo-guará, bugio, mico, onça, morcego...

Atividade 3: RETRATO FALADO
OBJETIVO: Proporcionar a utilização de conceitos biológicos que diferenciem os seres vivos em diferentes grupos de classificação.
MATERIAL: Folha e caneta.
FORMAÇÃO: Todos sentados em um grande círculo.
DESENVOLVIMENTO:
- todos devem ter uma caneta e uma folha onde devem colocar o seu nome e numerá-la de 1 a 15;
- os alunos deverão sentar em um círculo e permanecer sentados;
- a seguir as folhas devem passar por todos os participantes em sentido horário, para que os mesmos possam responder uma pergunta referente ao dono da folha e assim sucessivamente;
- a cada pergunta respondida o aluno deverá passar após ao colega do lado esquerdo;
- as perguntas serão feitas pelo professor.
EXEMPLO:
1. Se o seu colega fosse um mamífero, que animal com glândula mamaria ele seria?
2. Se o seu colega fosse uma ave, que vertebrado que pode voar ele poderia ser?
3. Se o seu colega fosse um anfíbio, que vertebrado com duplo tipo de vida ele poderia ser?
4. Se o seu colega fosse um peixe, que vertebrado adaptado para viver na água ele poderia ser?
5. Se o seu colega fosse um réptil, que vertebrado adaptado a terra firme ele poderia ser?
6. Se o seu colega fosse um artrópode, que inseto ele poderia ser?
7. Se o seu colega fosse um artrópode, que aracnídeo ele poderia ser?
8. Se o seu colega fosse um angiosperma, que fruto ele poderia ser?
9. Se o seu colega fosse um angiosperma, que flor ele poderia ser?
10. Se o seu colega fosse um equinodermo, que animal marinho ele poderia ser?
11. Se o seu colega fosse um molusco, que animal de corpo mole ele seria?
12. Se o seu colega fosse platelminto, nematelminto ou anelídeo, que verme ele seria?
13. Se o seu colega fosse um porífero ou celenterado, que animal primitivo ele seria?
14. Se o seu colega fosse um protista, que protozoário ou alga ele seria?
15. Se o seu colega fosse um monera, que bactéria ou cianofícea ele seria?
Refletindo:
Para estudar os seres vivos existentes procura-se reuni-los em grupos, formados de acordo com algum critério. O lugar onde eles vivem já foi um critério de agrupamento. Assim, os seres vivos eram classificados em aéreos, aquáticos e terrestres. Outra forma de classificá-los foi considerar a sua utilidade ao homem. E então eles foram divididos em úteis, nocivos e indiferentes. Hoje, entretanto, os seres vivos podem ser classificados com base em características tanto externas quando interna, que revelam o grau de parentesco entre eles. Na tentativa de entender melhor a evolução dos grupos de seres vivos e suas relações de parentesco, os cientistas fazem a sua classificação agrupando, formando grupos e obedecendo a determinados critérios.

Atividade 4: JOGO DOS ANIMAIS TERRITORIAIS
Objetivo: Caracterizar o modo de vida dos animais territoriais.
Desenvolvimento:
- dividir os alunos em dois grandes grupos iguais, sendo que, um grupo deverá ocupar um lado do local onde a atividade será desenvolvida, e o outro grupo deverá ficar no lado oposto, divididos por uma linha desenhada no solo de uma quadra ou num pátio ao ar livre;
- nos dois lados da quadra ou do pátio, terão dois grupos igualmente divididos de raposas. Os indivíduos destes grupos deverão chegar até o lado oposto para pegarem o alimento que ali está marcando ponto para a sua equipe;
 os alunos que forem pegos no campo adversário deverão ficar imobilizados até serem salvos por um colega da sua equipe, podendo voltar para o seu campo ou prosseguir em direção à área adversária para pegar o alimento e marcar ponto.
Refletindo:
As raposas são animais territoriais, marcando as fronteiras com dejectos, urina e secreções das glândulas subcaudais e interdigitais. Dentro do seu território constróem uma complexa rede de trocas, uma principal e várias secundárias.
Aparentemente, dentro de um mesmo território coabitam famílias formadas por um macho e 4 ou 5 fêmeas, que se mantêm permanentemente em contacto através de sons e secreções odoríferas, mas cada uma leva a sua vida separada, possuindo tocas individuais.

Atividade 5: JOGO DO PREDADOR
Objetivo: Trabalhar as relações desarmônicas entre os seres vivos.
Formação: No pátio ou em uma quadra, desenhar quatro grandes círculos nos cantos da quadra ou do pátio e um grande círculo no meio desta. O predador deverá ficar no interior do círculo central e os outros alunos distribuídos nos outros círculos.
Desenvolvimento:
- ao sinal do professor os alunos que estão nos pequenos círculos deverão procurar o próximo círculo, um de cada vez. Após cada sinal, os alunos trocarão uma vez, sempre obedecendo ao sentido horário;
- os alunos que forem pegos pelo predador deverão sair do jogo e aguardar até que todos sejam eliminados, ou podem virar um novo predador e auxiliar na captura dos demais.
Refletindo:

Após o jogo, o professor pode conversar com os alunos sobre o predatismo, explicando porque um consumidor mata outro organismo e o come. Pode-se explicar que normalmente o predador é maior que suas presas, o número de descendentes é menor que o de sua presa e a longevidade do predador é maior que a longevidade de sua presa.
Pode-se dizer que o predador da brincadeira é o gambá que caça cobras, ou ainda, gaviões caçando preás, sapos que pegam insetos ou coruja que caça ratos.

Atividade 6: JOGO DA SIMBIOSE
Objetivo: Trabalhar as relações harmônicas entre os seres vivos.
Desenvolvimento:
- um aluno será o pegador. Livre pelo pátio ou quadra, este aluno deverá pegar outro aluno que por sua vez, deverá dar a mão para este. Cada vez que um aluno for pego, deverá dar a mão para os demais, formando uma grande corrente e, para isso, não poderão soltar as mãos.
Refletindo:
Após a brincadeira pode-se conversar com os alunos explicando o que é a simbiose, ou seja, quando as espécies somente sobrevivem quando associadas, onde ambos levam vantagem na associação. Esta associação em geral é permanente e com dependência orgânica.
Podemos encontrar associações entre vegetais: líquens (entre algas com fungos) os fungos protegem as algas evitando o seu dessecamento (mantém a umidade), enquanto que as algas, produtoras, autotróficas, fornecem aos fungos alimentos, matéria orgânica produzida durante a fotossíntese.

Atividade 7: PIQUE INQUILINISMO
Objetivo: Compreender as associações harmônicas entre espécies do tipo inquilinismo.
Material: Sem material específico.
Formação: Sem formação específica.
Desenvolvimento:
- delimita-se um espaço, cujo tamanho varia com o número de jogadores;
- escolher três alunos para serem os predadores do peixe-agulha, a metade da turma poderá ser os pepinos-do-mar e a outra metade serão os peixes-agulha;
- quando perseguidos pelos seus predadores, os peixes-agulha poderão pegar na mão de um colega pepino-do-mar para não ser predado e eliminado do jogo, nesse caso quando se forma uma dupla com um pepino-do-mar e um peixe-agulha o predador deverá procurar outro colega para pegar.

Refletindo:
O inquilinismo é um tipo de relação ecológica entre organismos de diferentes espécies. Sendo definido como uma associação interespecifica harmônica, na qual apenas uma espécie é beneficiada sem, entretanto, existir prejuízo para a outra espécie associada. O inquilino obtém abrigo,proteção ou ainda suporte no corpo da espécie hospedeira. Um exemplo clássico é o caso da interação existente entre orquídeas ou bromélias e as árvores em cujo tronco se instalam. Estas plantas são classificadas como epífitas (epi = em cima), esse tipo de inquilinismo é denominado epifitismo.
Um outro exemplo de inquilinismo é a interação existente entre o peixe-agulha os pepinos-do-mar. Esse pequeno peixe, quando perseguido por algum inimigo natural, procura um pepino-do-mar e penetra em seu ânus, abrigando-se no tubo digestivo desse equinodermo.

Atividade 8: PIQUE COMENSALISMO
Objetivo: Compreender as relações harmônicas entre os seres vivos do tipo comensalismo.
Material: Sem uso de material específico.
Formação: Formar algumas duplas de alunos, pode ser 4 ou 5, estes devem estar de mãos dadas. O restante de aluno fica livre no pátio ou quadra.
Desenvolvimento:
- os alunos que estão em duplas de mãos dadas, um será o tubarão e o outro a rêmora, os alunos que não estão em duplas serão as presas do tubarão (neste caso uma relação de predatismo);
- cada vez que uma presa for pega esta deverá sair do jogo. A brincadeira continua até todos serem predados, ou seja pegos pelas duplas.
Refletindo:
O comensalismo é um tipo de relação ecológica entre duas espécies que vivem juntas, o termo comensal significa algo como "convidado a mesa", assim o termo comensalismo foi utilizado para designar relações alimentares em que uma espécie se beneficia dos restos da outra sem prejudicar a mesma. Um exemplo é a relação da rêmora (ou peixe piolho) com o tubarão. O pequeno peixe se fixa no tubarão através das suas ventosas obtendo um bom meio de transporte e, possivelmente, se alimentando dos restos alimentares do tubarão. É uma relação positiva para um indíviduo e neutra para outro.

Atividade 9: MAMÃE GALINHA E A RAPOSA
Objetivo: Entender o instinto materno de proteção dos filhotes para que eles possam sobreviver e reproduzirem, para perpetuarem a espécie.
Material: Sem material específico.
Formação: Grupos de cinco pessoas.
Desenvolvimento:
- nestes grupos, um aluno será a mãe que protegerá três alunos que serão os filhotes, e o quinto aluno será o predador;
- a mãe galinha ficará entre o predador e os filhotes, com os braços abertos, para que o predador não alcance os filhotes, protegendo-os;
- assim que a raposa pegar um pintinho troca-se os papéis, até que todos possam ser uma vez a mamãe galinha e a raposa.
Refletindo:
Os mamíferos são os seres vivos mais maternais que existem, bajulam a prole até não poderem mais. A mãe serve de modelo para os filhotes, que copiam os hábitos dela. Para proteger a ninhada, é capaz de agredir até os pais dos seus filhotes. É o instinto de proteção falando mais alto.
No reconhecimento materno a fêmea cheira a região anal do filhote recém-nascido durante os primeiros dias após o parto. Há também um reconhecimento visual e principalmente sonoro. Criam uma espécie de linguagem particular entre eles e a mãe.
Nos mamíferos, o cuidado com os filhotes é característica marcante das fêmeas. Mas em 90% das espécies de aves esta responsabilidade é dividida igualmente entre fêmeas e machos. Entre as aves, existem vários tipos de mães. Pombas e rolinhas são desnaturadas: abandonam o ninho quando há perigo. Já as aves de rapina, como águias, gaviões e urubus, defendem a prole com garras e bico. Indefesas, as araras não atacam os predadores, mas ficam sobrevoando os ninhos, tentando distrair o inimigo.

Atividade 10: PIQUE CADEIA ALIMENTAR
Objetivo: Identificar a seqüência de relações alimentares entre os seres vivos.
Material: Sem uso de material específico.
Formação: Livres pelo pátio ou em uma quadra.
Desenvolvimento:
- dividir igualmente os alguns em águias, cobras, ratos, vegetais e decompositores;
- as águias pegarão as cobras; As cobras pegarão os ratos e fugirão das águias; Os vegetais fugirão dos ratos e não pegarão ninguém; Os alunos que forem pegos deverão ficar abaixados até serem recolhidos pelos decompositores que os tirarão da brincadeira, ou os salvarão para poderem continuar brincando.
Refletindo:
Ao desenvolver esta atividade pode-se explicar a cadeia alimentar, já que ela é a maneira de expressar as relações de alimentação entre os organismos de uma comunidade, iniciando-se nos produtores e passando pelos herbívoros, predadores e decompositores, por esta ordem. Ao longo da cadeia alimentar há uma transferência de energia e de nutrientes, sempre no sentido dos produtores para os decompositores. No entanto, a transferência de nutrientes fecha-se com o retorno dos nutrientes aos produtores, possibilitado pelos decompositores que transformam a matéria orgânica em compostos mais simples, formando um ciclo de transferência de nutrientes. A energia, por outro lado, é utilizada por todos os seres que se inserem na cadeia alimentar para sustentar as suas funções, não sendo reaproveitável. Esse processo é conhecido pelos ecologistas como fluxo de energia.

Tema 3: A Vida Vegetal (flora)
Objetivo Geral: Aplicar jogos ecorecreativos, possibilitando um melhor conhecimento da vida vegetal, levando os alunos a descobrirem como vivem as plantas e como elas se reproduzem.

Atividade 1: JOGO DA POLINIZAÇÃO
Objetivo: Entender como funciona a reprodução assexuada das plantas por meio das flores.
Material: Canudinhos de refrigerante.
Desenvolvimento:
- um terço da turma serão as flores e portarão canudinhos, como sendo o pólen das flores. Um terço da turma podem ser os beija-flores e o restante da turma serão os predadores dos beija-flores, corujas ou águias;
- as flores estarão distribuídas aleatoriamente na quadra como um grande jardim, os beija-flores tentarão chegar nelas para pegar um canudinho por vez, sempre tendo o cuidado para não serem pegos pelos predadores;
- se um beija-flor for pego pelo predador deverá entregar todos os canudinhos para o mesmo e continuar brincando;
 ao final, verifica-se qual foi o beija-flor e o predador que acumulou mais canudinhos.
Refletindo:
Pode-se trabalhar a questão da reprodução assexuada das plantas, que na maioria é por meio das flores. Para isso, em geral são necessários agentes externos que transportem os grãos de pólen. A abelha é um deles. Atraída pelo perfume, ela pousa na flor para sugar o néctar e deixar grãos de pólen produzidos em flores distantes. Ao levantar vôo, leva consigo novos grãos de pólen, propiciando a fecundação de outras flores.
Pode-se também, abordar o predatismo das corujas e águias nos beija-flores, ou ainda, a seleção natural, explicando o processo evolutivo dos mais aptos a sobrevivência, do qual características favoráveis que são hereditárias tornam-se mais comuns em gerações sucessivas de uma população de organismos que se reproduzem, e que características desfavoráveis que são hereditárias tornam-se menos comuns.

Atividade 2: JOGO DO CARRAPICHO ou PEGA-PEGA
Objetivo: Desenvolver os conceitos que caracterizam a dispersão mecânica de sementes, que se aderem por quem passar próximo a elas.
Formação: Um aluno ficará no meio de uma área retangular predeterminada para o jogo, enquanto que o restante dos alunos ficarão afastados numa distância considerável, na linha menor do retângulo.
Desenvolvimento:
- um aluno será o carrapicho, que ficará no centro de uma área retangular, onde o jogo será realizado;
- ao sinal do professor, os alunos que estão distantes do carrapicho, partirão em direção ao outro lado da mesma, evitando ser tocados pelo carrapicho. Quem for tocado deverá ficar no centro da área do jogo e auxiliar o carrapicho a pegar os demais colegas. Após novo sinal do professor, voltam para a posição inicial do jogo e assim por diante.
Refletindo:
Desenvolvendo este jogo, poderemos abordar a dispersão de sementes na natureza, que pode ser feita através de quatro mecanismos, são eles: zoocoria (dispersão pelos animais), anemocoria (dispersão pelo vento), hidrocoria (dispersão pela água) e a barocoria (dispersão pela gravidade), possibilitando assim a perpetuação de cada espécie. Cerca de 10% das plantas utilizam os fatores abióticos (chuvas, ventos e rios) na dispersão e 90% delas aproveitam os animais frugívoros - aves, mamíferos e peixes - que comem a polpa dos frutos, engolem as sementes e devolvem-nas à terra por meio das fezes. Assim, elas podem brotar e garantir a continuidade da espécie.

Atividade 3: PIQUE ÁRVORES
Objetivo: Desenvolver conceitos sobre a raiz e o caule de uma árvore.
Material: Sem material específico.
Formação: Sem formação específica.
Desenvolvimento:
- um aluno será o pegador;
- os demais deverão fugir, quem for pego ficara imobilizado como uma árvore e com profundas raízes, portanto poderá pegar os colegas que passarem próximo de si, se alcançar com as mãos, ou seja, com os galhos, quem for sendo pego, se transformará em um árvore, o jogo continua até que todos forem pegos.
Refletindo:
Com esta atividade poderemos abordar a árvore, que é uma planta permanentemente lenhosa de grande porte. Entre outros atributos, as árvores se caracterizam por ter raiz pivotante, caule lenhoso do tipo tronco, que forma ramos bem acima do nível do solo. Os arbustos, além do menor porte, podem exibir ramos desde junto ao solo. Comparadas com outras formas vegetais, as árvores vivem longo tempo. Algumas, como sequóias e jequitibás, vivem milhares de anos. Como também a raiz, que é o órgão da planta que tipicamente se encontra abaixo da superficie do solo. Tem duas funções principais: servir como meio de fixação ao solo e como órgão absorvente de água, nutrientes, Nitrogênio e outras substâncias minerais como potássio e fósforo. Quase sempre subterrânea, há, no entanto, plantas dotadas de raízes especiais, como as figueiras com as suas raízes aéreas.

Tema 4: Meio Ambiente
Objetivo Geral: Compreender como são organizadas e constituídos os materiais físicos existente na natureza.
Atividade 1: BIÓTICO / ABIÓTICO
Objetivo: Reconhecer o meio biótico e o abiótico.
Material: Sem uso de material específico.
Formação: Enfileirados, um grupo de costas para o outro.
Desenvolvimento:
 um grupos de alunos representarão o meio biótico e o outro grupo representarão o meio abiótico;
- o professor anuncia um item, se ele for biótico os alunos do meio abiótico deverão fugir, ou se ele for abiótico os alunos do meio biótico fugirão, até uma área predeterminada para ser o ferrolho a fim de se proteger, os alunos que forem tocados pelo grupo contrário antes de chegar em seu ferrolho, deverão trocar de grupo, após todos voltam e inicia-se novamente o jogo.
Exemplo:
- pedra (abiótico pega biótico)
- cachorro (biótico pega abiótico)
- água (abiótico pega biótico)
- vento (abiótico pega biótico)
- pássaro (biótico pega abiótico)
- fogo (abiótico pega biótico)
- planta (biótico pega abiótico)
- peixe (biótico pega abiótico)
- gelo (abiótico pega biótico)
- fungo (biótico pega abiótico)
- ferro (abiótico pega biótico)
- bactéria (biótico pega abiótico)
Refletindo:
Com este jogo podemos trabalhar termos da biologia de uma forma bem lúdica. Abiótico: é o componente não vivo do meio ambiente. Inclui as condições físicas e químicas do meio, e biótico: é o componente vivo do meio ambiente. Inclui a fauna, flora, vírus, bactérias, etc.


Tema 5: Corpo Humano
Objetivo Geral: Compreender a sistematização e funcionamento do corpo humano, em vista de uma correta higiene, vida ativa e alimentação saudável, para se ter uma melhor qualidade de vida.
Atividade 1: JOGO DO LOBO MAU
Objetivo: Possibilitar informações sobre higiene pessoal e hábitos que ajudam a preservar a saúde de cada um.
Material: Sem uso de material específico.
Formação: um aluno no fundo da quadra (o lobo) e os outros alunos no outro lado da quadra (os porquinhos).
Desenvolvimento:
- os porquinhos deverão ir até o outro lado da quadra cantando o seguinte: __ Vamos passear na floresta enquanto seu lobo não vem! Quando chegar perto do Lobo perguntam: __Tá pronto seu lobo? O seu lobo responde: __ Não! Falta escovar os dentes! Novamente os porquinhos cantam a musica, até o seu lobo dizer que sim, partindo em direção dos alunos, pegando o maior número possível de porquinhos.
- Os porquinhos procurarão fugir para o pique cantando: __Quem tem medo do Lobo Mau, Lobo Mau, Lobo Mau. Quem for apanhado será levado para a toca do Lobo e ficará preso. Ou quem for pego será o novo Lobo.
Exemplo:
Tá pronto seu lobo? Não! Falta escovar os dentes!
Tá pronto seu lobo? Não! Falta lavar as mãos!
Tá pronto seu lobo? Não! Falta cortar as unhas!
Tá pronto seu lobo? Não! Falta pentear os cabelos!
Tá pronto seu lobo? Não! Falta tomar banho!
Tá pronto seu lobo? Não! Falta colocar um perfume
Tá pronto seu lobo? Não! Falta colocar uma roupa limpa!
Tá pronto seu lobo? Não! Falta limpar os ouvidos!
Tá pronto seu lobo? Não! Falta lavar o rosto!
Refletindo:
Desenvolvendo este jogo poderemos discutir com os alunos questões sobre a higiene, já que ela é responsável pela prevenção de inúmeras doenças. Muitas das doenças infecto-contagiosas existentes são encontradas, em locais inadequados com baixos padrões de higiene, o que se correlaciona com baixa escolaridade e pouco acesso à informação. Tais ambientes, gerados por uma interação pouco consciente do homem com seu entorno, são propícios à disseminação tanto de vetores de doenças (moscas, baratas, ratos e outros vetores) quanto dos organismos patogênicos (bactérias, fungos, protozoários, vermes) . Por essas e outras razões recomenda-se a limpeza nos locais em que vivemos, bem como uma série de hábitos que envolvem mudanças de comportamento frente ao meio circundante, como forma de se evitar a propagação dessas doenças.

AVALIAÇÃO
O processo de avaliação deste projeto assumiu um caráter menos formal do que normalmente se encontra nos níveis escolares. Incluíram-se procedimentos que visem o acompanhamento dos alunos nas várias situações diárias, como a auto-avaliação e o parecer descritivo. Os processos auto-avaliativos assumem uma forma diferenciada de avaliar cada aluno, levando em conta suas diferenças pessoais e seu ritmo próprio. Ao mesmo tempo, promove uma atitude mais responsável do participante em relação à atividade. A auto-avaliação e os pareceres descritivos nas atividades ecorecreativas são formas de verificar a participação e o desempenho do educando.
Através da observação são introduzidos os conceitos do parecer descritivo no processo avaliativo. Também introduzi as fichas auto-avaliativas e, através destas, que são rápidas e curtas, com muita atenção, coloquei perguntas questionando sobre o que eles acham dos estímulos utilizados pelo professor e do conteúdo que está sendo desenvolvido.
Avalia-se não apenas o meio, mas também a relação interpessoal de cada membro do grupo com os assuntos desenvolvidos. Cada um comentará sua participação nas atividades e como se integrou ao grupo e assimilou os assuntos.
Os alunos também avaliarão a sua participação e a dos seus colegas na atividade, principalmente como reagiu aos diversos estímulos propostos. Assim estaremos avaliando com muito mais nitidez e eles sentir-se-ão mais valorizados no processo de ensino aprendizagem, pois suas opiniões estarão sendo levadas em conta.
As fichas auto-avaliativas têm como objetivo analisar a visão dos alunos sobre as atividades, as suas impressões, a sua participação e interação no grupo. Também é avaliado dessa forma, o conhecimento e o grau de conscientização adquirido pelos alunos sobre os temas abordados. Através dos desenhos, analiso o grau de abstração dos alunos.
Exemplos de questões avaliativas propostas:
- Quais assuntos foram trabalhados na aula?
- O que você aprendeu de mais importante hoje?
Exemplos de desenhos avaliativos propostos:
- Desenhe uma televisão e coloque na tela o que você aprendeu hoje.
- Desenhe uma mão e coloque em cada dedo o que você aprendeu na aula.

CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente estudo não teve a pretensão, em momento algum, de propor uma nova fórmula pedagógica no ensino da ciência natural e da educação física. Todavia, procurou auxiliar a reflexão crítica atual destas áreas de conhecimento, tão importantes e necessárias para o desenvolvimento criativo-crítico-social, já que se percebe a necessidade de uma transformação e formação humana em busca de uma sociedade ecologicamente mais justa e livre.
Sintetizo que, este trabalho, teve por objetivo analisar a utilização da ecorecreação, operacionalizada neste projeto, com o uso diversificado de materiais e locais para a realização das atividades recreativas. A finalidade do trabalho consistiu em propor um modelo de atividades para as aulas de ciências naturais e educação física que objetivasse o desenvolvimento deste processo.
Com base nos resultados obtidos durante o desenvolvimento do projeto, através das avaliações e observações, conclui-se que os alunos conseguiram participar das atividades ecorecreativas. Isto evidenciou-se através do comportamento dos participantes na percepção e delimitação de um problema ecológico relacionado ao tema desenvolvido nas aulas, na experimentação e na avaliação de idéias.
Também se pode concluir, a partir da análise das aulas experimentais, que atividades ecorecreativas facilitaram a emergência de comportamentos de elevado nível de integração, evidenciados no entusiasmo, na alegria, na satisfação e na cooperação demonstradas pelos participantes.
Com os jogos ecorecreativos o professor tem total autonomia para modificar e reinventar novas formas de brincar e abordar os temas pretendidos, através de pequenas variações. Assim estaremos respeitando as diversidades regionais, culturais e políticas existentes no país. Com isso, criam-se condições que permitam aos alunos terem acesso ao conjunto de conhecimento relevante a sua realidade e necessário ao exercício da cidadania.
O grande desafio a ser enfrentado e vencido, daqui para frente, é contra uma longa tradição, onde a ciências naturais são consideradas como elemento transmissor de informações científicas e a educação física elemento disciplinador no contexto geral. Os resultados observados neste trabalho animam rever estes princípios, e rompê-los é tarefa tanto de professores quanto de alunos. O modelo proposto neste estudo é uma possibilidade de se agir com criticidade, responsabilidade e autonomia. A principal responsabilidade percebida é educar-se e aprender, com as crianças, a conhecer e transformar a nossa realidade.

REFERÊNCIAS
 CORNELL, Joseph. Brincar e aprender com a natureza. São Paulo: Editora Senac, 1996.
__________ Vivências com a natureza. São Paulo: Melhoramentos/Senac, 1996.
DOHME, Vania; DOHME Walter. Ensinando a criança a amar a natureza. São Paulo: Editora Informal, 2002.
FREIRE, João Batista. Educação de corpo inteiro. Teoria e prática da educação física. São Paulo: Scipione, 1994.
HERMANN, Mariane L. et all. Orientando a criança para amar a Terra. São Paulo: Editora Augustus, 1992.
KISHIMOTO, Morchida Tizuko. (org.). Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez, 1996.
MULLER, Jackson. Educação Ambiental: diretrizes para a prática pedagógica. Edições FAMERS. Nova Prova, POA, 1998.
NEGRINE, Airton. Aprendizagem e desenvolvimento infantil. Simbolismo e jogo. V. 1. Porto Alegre: Prodil, 1994.

Surgimento do planeta e dos seres vivos

1 Objetivo geral: vivenciar o surgimento do planeta, “a grande explosão”, oportunizar a participação em uma atividade na qual terão a noção das etapas de surgimento da vida no planeta; oportunizar conhecimento, através de uma atividade pela via corporal.
1.1 Objetivo cognitivo:

1.2 Objetivo afetivo:
1.3 Objetivo motor:

2 Eixo temático:

3 Conteúdo:

4 Série:

5 Público alvo: crianças, pré-adolescentes, adolescentes e adultos.

6 Número de participantes: sem número específico.

7 Material: sem materiais específicos.

8 Tempo: em torno de 20 minutos.

9 Formação: fazer uma roda ao ar livre.

10 Procedimento: realizar um momento de identificação, no qual os alunos gritam seu próprio nome e atiram-se ao chão, encenando uma grande explosão, o surgimento da Terra. Todos devem permanecer deitados no chão e em silêncio. Logo após anunciar que começa o surgimento das águas: os alunos continuam no chão e começam a ouvir o som das águas, sentam-se em silêncio (pois ainda não existem) e, sob orientação, começam a imitar os sons dos seres que vivem nas águas, só neste momento é que podem falar e dizer o nome doas animais que vivem nas águas. Após começa o surgimento da vida na superfície da Terra: Técnica mista, exercício físico, mímica, roda, caminhada, corrida e relaxamento. Fazer exercícios imitando a germinação, exercícios formando as árvores (base com os pés), exercícios imitando animais, evidenciar as diferenças entre o ser de uma planta do ser de um animal, exercícios imitando os animais. Neste momento ocorre o surgimento do ser humano: o professor deverá ressaltar o fato de que o ser humano apareceu somente quando os elementos da natureza estavam prontos para recebê-lo. Os exercícios físicos deverão trabalhar com movimentos de flexão, e terminar com postura ereta e mãos (características humanas). Até então as crianças não falam e somente reproduzem os sons ou linguagem de animais. Por fim o planeta e seus habitantes: com o objetivo de trabalhar o sentido, a voz, o equilíbrio, a sociabilidade e a cooperação. Trabalhar os sentidos através de exercícios simples tais como “olho no olho”, exercícios em dupla, cada participante encena que está tirando a máscara do colega e, logo a seguir, diz seu nome como uma apresentação; levar as crianças e reconhecerem gostos e cheiros; brincadeira em dupla em que um dos participantes amarra simbolicamente o narizinho do colega e vai comandando seus movimentos; alternar caminhada e corrida; simultaneamente, falar uma linguagem louca que vai se transformando e se fazendo entender. Logo a seguir, conduzir os exercícios levando as crianças a sentarem no chão e massagearem seus pés, pernas etc. Logo após, deixa-los fazer uma festa.

11 Autoavaliação: ao término da técnica socializar no grande grupo as suas descobertas, vivências, emoções, sentimentos, lembranças...

12 Refletindo: após esta técnica possibilita-se uma reflexão sobre o nível de evolução no qual encontra o nosso planeta hoje, já que foi preciso milhões de anos para que esse se configurasse e pudesse oferecer condições para o desenvolvimento da vida. Segundo a classe de cientistas a Terra está datada de 4,5 a 5,0 bilhões de anos. Ao longo de sua formação o planeta já possuiu diferentes características em consistência e principalmente em temperatura, houve períodos com temperaturas extremamente elevadas, e supostamente o planeta passou por processo de glaciação. No começo, tudo na terra era rocha derretida, que, depois de algum tempo, se solidificou e formou a superficíe terrestre. Naquela época havia muitas erupções vulcânicas, e por essa razão, a atmosfera da terra era tóxica. Houve um grande periodo de chuvas, que durou milhões de anos, e as partes de terra que ficaram emersas formaram os continentes. As primeiras formas de vida do planeta foram os Procariontes, formas de vida unicelares que continham DNA, a molécula fundamental da vida. Depois dos Procariontes, vieram os Eucariontes que já eram mais complexos, continham um núcleo e organelas. Tempos depois, surgiram os vermes achatados e criaturas invertebradas mais complexas, como os Trilobitas. De pequenos seres chamados conodontes, surgiram os peixes, que se tornaram no Devoniano os donos dos mares, e que por alguma razão desconhecida, talvez em busca de alimentos ou para fugir de predadores, começaram a sair para a terra firme, e deram origem aos anfíbios que podiam andar na terra, mas nescessitavam viver em pântanos pois não sobreviviam muito tempo fora da água. Os anfíbios evoluiram aos répteis, que viviam sem dependência da água e dos répteis evoluiram os sinapsídeos, ancestrais dos mamíferos, que permaneceram escondidos durante o longo reinado dos dinossauros até se tornarem os donos do mundo.

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Somos plantas, somos animais

1 Objetivo: reconhecer o movimento dos outros seres vivos, enfatizando a necessidade do silêncio e do equilíbrio físico, mental, emocional e espiritual, oportunizar a valorização pessoal dos participantes proporcionando-lhes condições de usar o copo, a voz, o espaço e o tempo, de forma adequada e prazerosa.
1.1 Objetivo cognitivo:

1.2 Objetivo afetivo:
1.3 Objetivo motor:

2 Eixo temático:

3 Conteúdo:

4 Série:


5 Público alvo: crianças, pré-adolescentes, adolescentes e adultos.

6 Número de participantes: sem número específico.
7 Material: sem materiais específicos.

8 Tempo: em torno de 15 minutos.

9 Formação: livres em uma área determinada.

10 Procedimento: desenvolver uma sequência de exercícios físicos, associados a uma correta técnica respiratória, imitando as plantas e os animais, enquanto imitam e/ou reconhecem os movimentos dos animais, ao professor oportunizar maior conscientização da relação eu-outro-ambiente. Exemplo de exercícios:
Esfregar as mãos – levantar as mãos – bater no couro cabeludo – puxar as orelhas para cima, para baixo, para os lados – movimentar o pescoço para cima e para baixo – bater nas costas – bater no peito, bater na barriga – bater nas coxas – bater nas nádegas – bater nas pernas – levantar e abrir os braços, em forma de cálice, e olhar para o alto – no alto, acima da cabeça, juntar as mãos – deixar descer as mãos até a altura da barriga e esticar o corpo e as mãos para frente – voltar a posição horizontal e baixar as mãos ao longo do corpo – respirar profundamente e cumprimentar os colegas com um abraço.

11 Autoavaliação: no fechamento da atividade dizer: “Esta é uma vivência prática, nela, muitas vezes perdemos a espontaneidade e a percepção, ficando mais tensos e menos criativos. Quanto mais a vontade, mais criativos ficamos.” Desta forma pode-se questionar os alunos sobre a importância do estado de descontração no desenvolvimento da criatividade.

12 Refletindo: após o desenvolvimento da técnica ler e debater com os alunos as palavras ditas pelo astronauta Rutsy Scheickart, do vôo da Apolo 9: “Quando você circunda a Terra em uma hora e meia, começa a conhecer que sua identidade mistura-se a tudo. Isso provoca uma mudança. Você olha para baixo e não conhece imaginar quantos limites e fronteiras você cruza... Centenas de pessoas matando-se umas às outras por causa de algumas linhas imaginárias que você não conhece e nem vê. De onde você está, o planeta é um todo, e tão belo que você gostaria de tomar cada indivíduo pela mão e dizer: Olhe para ele desta perspectiva; olhe para o que é importante.”

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Expressão de um animal

1 Objetivo geral: fazer uma apresentação de si para um grupo novo e sensibilizar sobre o valor da vida e dos animais.
1.1 Objetivo cognitivo:
1.2 Objetivo afetivo:

1.3 Objetivo motor:


2 Eixo temático:

3 Conteúdo:


4 Série:

5 Público alvo: pré-adolescentes, adolescentes e adultos.
 
6 Número de participantes: de 10 a 25 pessoas.
7 Material: sem material específico.

8 Tempo: em torno de 20 a 30 minutos conforme o número de participantes.

9 Formação: formar uma grande roda.

10 Procedimento: escolhe rum animal e identificar-se com ele. Cada um se apresenta narrando a sua vida como se fosse esse animal. Narrar sobretudo os perigos superados. O que esses perigos superados ensinaram e o que trazem para nossa vida e para o respeito com os seres vivos da natureza?

11 Autoavaliação: discutir a seguinte frase no grande grupo: a pessoa que é violenta com os animais mais facilmente também o é consigo mesma e com os demais.

12 Refletindo: após a dinâmica de apresentação pode-se conversar sobre os maus-tratos de animais já que são práticas muito comuns na história da humanidade e perduram até os dias de hoje. Não é raro nos depararmos com situações evidentes de maus-tratos contra animais domésticos ou domesticados. Lojas que abrigam animais em gaiolas minúsculas, sem qualquer condição de higiene, cães presos em correntes curtas o dia todo, proprietários que batem covardemente em seus animais ou os alimentam de forma precária, levando o animal à inanição, cavalos usados na tração de carroças que são açoitados e em visível estado de subnutrição. A legislação no Brasil protege os animais desde 1934, animais domésticos como: cães, gatos, pássaros, etc. e os pertencentes à fauna brasileira (papagaios, tucanos, onças, jabutis, entre outros) ou os exóticos (elefantes, leões, ferrets), além dos animais de trabalho (cavalos, jumentos) ou produção (aves, gado, suínos). Mais recentemente, a lei federal de crimes ambientais nº 9605 de 16/02 de 1998 reforçou o decreto de 1934 e especificou várias violações e penalidades para aqueles que praticam crimes contra os animais. Segundo o artigo 32 desta lei, maus-tratos de animais são classificados como qualquer ato de abuso e maus-tratos. Ferir ou mutilar animais domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos também é crime de maus-tratos que tem como pena a detenção de três meses a um ano e multa. A mesma lei prevê que o abandono do animal é crime. Aquelas pessoas que abandonam ninhadas ou mesmo seus cães idosos, cegos ou doentes, estão ferindo a lei. Idem para a prática de experimentos científicos que incorram no sofrimento do animal. Ao se deparar com situações onde o animal está visivelmente sofrendo, é possível denunciar usando esta legislação.

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Mais além do simples ouvir

1 Objetivos: sensibilizar-se, apreciando os sons emitidos pela natureza, adquirindo um bem estar relaxante e harmonioso com a natureza.

2 Material: sem material específico.

3 Tempo: em torno de 25 minutos.

4 Número de participantes: sem número específico.

5 Público alvo: pré-adolescentes, adolescentes e adultos.

6 Formação: distribuídos livremente em uma área ao ar livre, estando em contato com a natureza.

7 Procedimento: antes de tudo, ao desenvolver um relaxamento, é bom solicitar aos indivíduos que se espreguicem. Espreguiçar-se é uma espécie de mini-relaxamento que se pode fazer em qualquer momento. Pedir aos alunos que coloquem-se em uma posição bem confortável. Soltando qualquer roupa que estiver apertando. Ficando o mais confortável possível. Fechando os olhos e respirando calma e profundamente. Após este momento deve-se orientar e conduzir o relaxamento, como segue a seguir: ao inspirar imagine que está entrando em você, calma, tranqüilidade, paz; e, ao espirar, sinta que a tensão está indo embora, junto com ela. Aos poucos irá se sentindo cada vez melhor. Quando sentir que entrou no ambiente de calma, solicitar um minuto de silêncio, pedindo para que tentem ouvir todos os ruídos possíveis, longínquos e próximos. Durante outro minuto, escutar com a mente os ruídos que têm maior capacidade de falar-nos. Depois, aqueles que falam ao nosso coração e que nos trazem alguma mensagem reconfortante. O passo seguinte, depois de escutar, é perceber. E como é gratificante poder perceber o silêncio da natureza, a harmonia existente na sinfonia do universo. Ao final, peça para eles se espreguiçarem demoradamente como se estivessem acordando. O.K., podem abrir os olhos!

8 Autoavaliação: ao término do relaxamento conduzido socializar no grande grupo as suas descobertas, vivências, emoções, sentimentos, lembranças...

9 Refletindo: quando nos esforçamos em distinguir o canto dos pássaros, ficamos admirados. Compreendemos que até esse momento estávamos limitados a ouvir e não a escutar. Cada canto de cada pássaro é especial: o tom terno e melancólico da rolinha é diferente do musical de um bem-te-vi ou de um sabiá, e o canto agudo das gralhas é diferente do clássico e harmonioso do canário ou do buliçoso e brincalhão de um periquito. O mesmo acontece com o vento. O canto do vento é diferente se ele tiver como instrumento de ressonância uma mata ou uma plantação de cana. Como é bom diferenciar a sinfonia que nos oferece um bosque de pinheiros ou de eucaliptos ou um bambuzal. É bem provável que, se escutássemos com freqüência essas melodias que gratuitamente nos oferece a natureza, iríamos tornar-nos exigentes em relação à música comercial. Aprenderíamos a valorizar mais as obras musicais nas quais reinam a harmonia e o ritmo artístico do que aquelas outras em que se refletem a desordem de uma civilização neurotizada e mercantilista. Algumas canções correspondem à harmonia do universo, outras à desordem estrutural e inclusive psicológica da civilização de consumo.

Mundo natural colorido

1 Objetivo: proporcionar ao corpo e mente um bem estar geral levando a conscientização dos pontos de tensão e da melhor respiração para o alívio do estresse, através de uma viagem ao mundo da fantasia.

2 Material: um CD com músicas de fundo suaves.

3 Tempo: em torno de 40 minutos.

4 Número de participante: ilimitado.

5 Público alvo: adolescentes e adultos.

6 Formação: livres em um espaço pré-determinado.

7 Procedimento: inicia-se este relaxamento indicando aos alunos que aproveite estes minutos iniciais do relaxamento. Movimentando-se livremente, espreguiçando-se e alongando-se, principalmente os músculos que estão tencionados, desobstruindo as articulações presas, massajando músculos doloridos, movimentando pescoço, mãos, braços, pernas e pés. Para que possam ficar nos próximos minutos totalmente imóveis. Na etapa seguinte, orienta-se para que todos procurarem uma posição confortável, ficando de barriga para cima, braços estendidos ao longo do corpo, pernas descruzadas, pescoço solto, expressão facial relaxada e com os olhos fechados.
Neste próximo minuto informa-se aos participantes para ficarem em total silêncio, para que possam escutar todos os barulhos que advém do meio ambiente onde estam inseridos, falando o seguinte: como vocês podem observar, os sons são os mais diversos, desde sons advindos da natureza, como também os sons artificiais, produzidos pelo próprio homem.
A próxima etapa do relaxamento, é a regulação da respiração, meio pelo qual facilitará as próximas etapas do relaxamento. Pede-se para que todos inspirem lentamente e profundamente pelo nariz, preenchendo todo o pulmão de ar, inflando-o totalmente, seguramos até contar 1, 2, 3, 4 e 5, soltar lentamente e profundamente pelas narinas todo o ar que estava no pulmão. Mais uma vez, inspira... Cada vez estamos mais e mais relaxados, numa plenitude de paz e concentração interior. Continue respirando lenta e profundamente, mas desta vez preste atenção para os sons que o teu corpo reproduz. Dos batimentos cardíacos, da tua respiração, do ar que infla e deixa o pulmão, e outros sons...
Deixe-te envolver pelo que melhor tem no relaxamento, sinta o teu corpo cada vez mais relaxado, mais e mais relaxado, em total sintonia com o mundo não real, deixe-te envolver com o mundo da fantasia, já que é um mundo alegre, onde não existe violência, e o que vigora é a lei da amizade e da felicidade, lá não tem desigualdade, solidão, tristeza e nem raiva. Neste mundo tudo é possível, nele podemos realizar todos os nossos sonhos, podemos até voar que nem um pássaro, sentindo o vento em nosso rosto e vendo as coisas mais bonitas que a natureza fez para nós. Que tal, vamos lá? Decole agora mesmo do chão, ganhando cada vez mais altitude, voe numa altura que de para olhar tudo que tem lá em baixo. Olhem só quantas coisas belas existem no mundo, se vocês observarem, bem embaixo de vocês verão que tem uma cascata muito bonita, até parece um véu de noiva, onde a cor branca é a que prevalece, escutem só que fantástico o seu som, dá água batendo nas pedras. E o cheiro, que coisa mais boa, da terra molhada e das pedras úmidas, e da floresta é muito melhor, que cheirosa, até parece que estamos na primavera, é tudo muito colorido, existem vários tons de verde, do mais colarinho ao mais escuro, e as flores nem se fala, agrupadas num lado estão as flores amarelas, vermelhas e laranjadas,. Olhando um pouco mais para frente nós veremos um campo de flores azuis, violetas e lilases. E atrás de nós percebemos um precipício muito profundo, sendo que a cor preta e cinza são as que prevalecem neste lugar. Com um vou rasante chegamos ao oceano, e rapidamente mergulhamos profundamente nas águas do mar, e saímos nadando como um lindo golfinho, e nadamos mais e mais. A água que bate no nosso rosto é muito gostosa, passamos a dar pequenos saltos para fora do mar, uma espuma branca se forma debaixo do nosso corpo, voltando num perfeito mergulho profundo descendo e descendo cada vez mais, passamos por lindos cardumes de peixes, agora pouco avistamos um cardume de peixes vermelhos, amarelos e laranjas, como são bonitos, nadamos mais e mais, vejam só que lindas são as algas de tons verde escuro e verde clarinho e um pouco a frente avistamos alguns peixes azuis, violetas e lilases, e se olharmos para trás verificaremos os peixes escuros de cores preto e cinza. Aproximamo-nos na praia e damo-nos conta que podemos correr em direção da mata como se fossemos um leopardo dourado e preto, muito ágil e veloz, nos entranhamos na mata, e corremos muito e muito, estamos muito felizes com tudo que existe de bonito na natureza, tudo é muito colorido, aromático, perfumado, com sons maravilhosos e os gostos nem se fala, que perfeição é a vida.
Continue respirando lenta e profundamente, agora estamos totalmente relaxados, nosso corpo é um só no chão, todos os pontos de contato do nosso corpo com o chão formam uma só matéria, cabeça, ombros, costas, glúteos, coxas e calcanhares estão esparramados e grudado no chão, e toda energia contida em nosso corpo passa a fluir livremente para a terra e da terra para o corpo, recarregando todas as nossa baterias, para que possamos enfrentar esse dia com muita energia positiva, alegria e bem-estar. Para completar este ritual energético lentamente iremos voltando, mantendo o silêncio, a tranquilidade e a paz do ambiente, e formaremos um grande círculo, onde nos daremos as mãos, para que a energia flua de um corpo para o outro, e formaremos um grande caracol, onde todos abraçarão e serão abraçados por todos.

8 Autoavaliação: Ao término do relaxamento conduzido socializar no grande grupo as suas descobertas, vivências, emoções, sentimentos, lembranças...

9 Refletindo: Ao terminar o relaxamento pode-se conversar com os alunos sobre a importância e a beleza da natureza, a maneira como tudo que nos rodeia está interligado, desde uma simples molécula até a um animal. São muitas as paisagens encantadoras existentes em toda parte. A natureza mostra sua beleza em rios, plantas, montanhas e muitas outras riquezas que somente ela possui. As flores mostram em sua beleza cores maravilhosas e formas. Muitas árvores algumas com frutos outras somente enfeitando o meio ambiente, mas cada uma com sua beleza e importância. A beleza da natureza está nos rios, lagos, nas cachoeiras até mesmo no ar que respiramos podemos encontrar essa beleza. Devemos ter mais cuidado e combater a poluição e a degradação ambiental. Apreciar tudo que a natureza pode oferecer em sua beleza é bem relaxante e faz com que as pessoas se sintam bem por causa do contato com o meio ambiente e suas maravilhas. A natureza nos dá inúmeras belezas e entre elas estão os animais de diferentes espécies e cores onde alguns se encontram em extinção outros não, mas todos com sua beleza. Apreciar a natureza e suas belezas é muito importante, pois assim aprendemos o seu valor e começam a cuidar mais dela não realizando queimadas e nem desmatamentos. Hoje em dia as maravilhas da natureza estão sendo agredida por pessoas que só pensam em dinheiro e nem se importam com sua beleza e isso precisa parar com urgência e quem sabe começando a apreciar suas belezas essas pessoas não param com tantas maldades e a natureza se torne mais linda do que já é. Com águas limpas e árvores de todas as espécies. Com pássaros coloridos e livres cantando ao amanhecer e essas são as suas belezas mais ricas que transmitem paz e amor as pessoas, pois acordar com cantos de pássaros e flores no jardim é muito bom para todas as pessoas.

Sou uma árvore

1 Objetivos: vivenciar o crescimento de uma árvore saudável e sentir a tristeza de ser cortada.

2 Material: sem material específico.

3 Tempo: em torno de 15 minutos.

4 Número de participantes: sem número específico.

5 Público alvo: crianças, pré-adolescentes, adolescentes e adultos.

6 Formação: livres distribuídos num ambiente natural.

7 Procedimento: estando no meio da natureza, solicitar que cada um procure um local que melhor convier informando que todos devem tentar sentir-se como se fôsse uma árvore, falando o seguinte: após todos procurarem um local adequado começamos a nossa vivência no momento em que a semente cai na terra, somos uma semente e estamos na terra. Respirando suavemente, sentimos que lentamente estamos crescendo,  as raízes vão saindo, entrando na terra, o caule vai surgindo; como os ramos e as folhas vão aparecendo e a copa vai elevando-se, balançando ao vento; sentimos o quanto ela é generosa produzindo frutos, abrigando os pássaros. Estamos felizes e bem forte, com muitos frutos e folhas.  Depois aparecem alguns homens com uma serra elétrica e começam a cortar por completo... sentimos então como ela cai na terra e converte-se em lenha ou adubo.

8 Autoavaliação: compartilhar com os demais como nos sentimos e o que essa experiência nos ensinou.

9 Refletindo: as árvores nos ensinam a vida prática. Elas são laboratório de oxigênio. Graças a elas, a natureza purifica o ar que nós contaminamos. São supermercados de frutas e sementes de todos os tipos. Grande parte de nossa comida provém delas. As árvores são farmácias. Milhares de doenças são aliviadas com substâncias extraídas delas.

Relaxando com as nuvens

1 Objetivo: possibilitar o relaxamento pessoal, desenvolver a imaginação, auto-avaliar o seu estado de espírito e refletir sobre a imnportância das nuvens para a vida.

2 Tempo: em torno de 25 minutos.

3 Material: cd com música instrumental lenta de fundo.

4 Número de participantes: sem número específico.

5 Público alvo: pré-adolescente, adolescentes e adultos.

6 Formação: deitados confortavelmente no solo.

7 Procedimento: enquanto o professor vai falando os alunos estarão deitados com os olhos fechados, relaxando e meditando, ouvindo o texto a seguir: Deixar-nos levar pela imaginação ao contemplar as viagens das nuvens. Estando deitado em uma posição confortável, corpo estendido e braços ao lado do corpo, respirar lentamente, inspirando e expirando até relaxar completamente, enchendo bem o pulmão de ar. A partir deste instante iremos conhecer melhor e viajar com as nuvens. Não esquecendo que o ciclo vital é possível devido às massas de ar frio e ar quente que compõem o ar e que acarretam em chuvas. As nuvens guardam essas massas de ar formadas por vários gases atmosféricos insubstituíveis à vida que levam às chuvaradas, ou seja, a nuvem fica carregada dessas massas até liberá-las ao vento que por justaposição se transforma em chuva que cai nos rios, movimenta as plantações, deságuando no mar, e sendo utilizada pelos animais e depois evaporam e voltam para os ventos e para as nuvem em forma de massas de ar e assim continuamente possibilita-se a vida no planeta Terra. Desta forma existem nuvens brincalhonas, nuvens ameaçadoras e nuvens delicadas. Existem nuvens complicadas e nuvens simples. Existem nuvens alegres e nuvens tristonhas. É verdade que as nuvens, em si mesmas, podem ser catalogadas sob diferentes categorias. Escolha uma para você um tipo de nuvem para acompanhá-la nesta viagem. Porém, também é verdade que grande parte da diferença não está nas nuvens, mas em nós mesmos. Estamos alegres ou tristes, e essa alegria ou tristeza é projetada pelas nuvens. A nuvem que para um habitante da cidade é ameaçadora para o camponês, é uma bênção. A nuvem que para uma pessoa otimista é risonha talvez não o seja para uma pessoa pessimista. E para você, como é a sua nuvem? Quando crianças, nós as observávamos criativamente e descobríamos nelas elefantes, patos, mapas de países, figuras geométricas. Pense com o que a sua nuvem se parece neste momento. As nuvens, em algumas ocasiões, agem como calmantes, sendo assim vamos deixar que ela nos acalme, permitindo que ela nos abrace por completo, envolvendo todo o nosso corpo. Para que vamos preocupar-nos além da conta? Às vezes, não vemos o sol, mas sabemos que ele está por trás das nuvens que o ocultam. Ao viajar com as nuvens pudemos conhecer um pouco mais elas e ficarmos mais relaxados e em paz. Respirando lentamente voltamos deste relaxamento movimentando os membros e o corpo por inteiro cada um no seu ritmo.

8 Autoavaliação: identificar nossas viagens interiores.

9 Refletindo: Após a vivência pode-se conversar com os alunos sobre a importância das nuvens no ciclo da água, conhecido cientificamente como o ciclo hidrológico, e refere-se à troca contínua de água na hidrosfera, entre a atmosfera, a água do solo, águas superficiais, subterrâneas e das plantas. A água se move perpetuamente através de cada uma destas regiões no ciclo da água constituíndo os seguintes processos de transferência: Evaporação dos oceanos e outros corpos d'água no ar e transpiração das plantas terrestres e animais para o ar. Precipitação, pela condensação do vapor de água do ar e caindo para a terra ou no mar. Escoamento da terra geralmente atingem o mar.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Jogo do Pingüim Imperador

1 Objetivo Geral: estudar a reprodução e o cuidado dos pinguins com seus filhotes.
1.1 Objetivo Cognitivo: entender o instinto de proteção dos animais para que eles possam nascer, sobreviver, reproduzirem e passar as informações genéticas para a próxima geração.
1.2 Objetivo Afetivo:vivenciar o cuidado com os filhotes para adquirir o interesse pela vida animal.
1.3 Objetivo Motor: desenvolver a velocidade e agilidade.

2 Eixo temático: ambiente.

3 Conteúdo: seres vivos - reprodução.

4 Série: 1º ciclo do Ensino Fundamental (1º, 2º e 3º anos).

5 Público alvo: crianças.

6 Número de participantes: de 20 a 35 alunos.

7 Material: balões.

8 Tempo: em torno de 25 minutos.

9 Formação: sem formação específica.

10 Procedimento: dar um balão com uma cordinha para cada aluno amarrar em um dos seus pés, menos para dois ou três alunos que serão os predadores. Ao sinal os alunos predadores partem em direção aos colegas, que serão os Pingüim Imperador cuidando dos ovos, ou seja o balão. Quando o predador estourar o balão com o pé, este aluno sai da brincadeira.

11 Autoavaliação: ao final da atividade retoma-se o tema perguntando aos alunos como se sentiram no papel de protetor do seu filhote, e para aqueles que perderam o seu ovo para o predador qual foi a sensação de perda?
 
12 Refletindo: após este jogo poderemos conversar com os alunos sobre a reprodução dos pinguins, por exemplo, comentando sobre algumas espécies cujos pares reprodutores acasalam para toda a vida enquanto que outros fazem-no apenas durante uma época de reprodução. Também podemos informar que normalmente, os progenitores cooperam nos cuidados com os ovos e que ficam com o ovo e mantém-no quente, e a fêmea dirige-se para o mar com vista a encontrar alimento. Quando no seu regresso, o filhote terá alimento e então os papéis invertem-se: a fêmea fica em terra e o macho vai à procura de alimento.

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Cesta de frutas

1 Objetivo Geral: abordar os seres vivos conhecendo melhor as suas características.
1.1 Objetivo Cognitivo: comprender as principais carcterísicas que diferenciam os seres vivos.
1.2 Objetivo Afetivo: familiarizar os alunos com as nomenclaturas de animais ou de plantas e suas características principais.
1.3 Objetivo Motor: desenvolver a velocidade de reação.

2 Eixo Temático: ambiente.

3 Conteúdo: seres vivos - animais e vegetais.

4 Série: 1º ciclo do Ensino Fundamental (1º, 2º e 3º anos).

5 Público alvo: crianças.

6 Número de participantes: de 20 a 30 alunos.

7 Material: sem material específico.

8 Tempo: em torno de 20 minutos.

9 Formação: um círculo em pé ou sentados.

10 Procedimento: cada aluno terá o nome de uma fruta, tendo um no centro do círculo. O aluno do centro declara: “__ Vai passando um fruteiro que leva ...”, e menciona o nome de duas frutas, “... banana e laranja”, por exemplo. As duas crianças que têm o nome dessas frutas trocam de lugar imediatamente, procurando aquela ocupar um dos lugares vagos.  Em vez de dizer o nome de duas frutas, a do centro pode gritar: “__ A cesta virou!”; neste caso todas as crianças mudam de lugar.
10.1 Variação: Também podemos abordar o nome de insetos e dizer: __ Vai passando o detetizador que procura pulga e piolho! As duas crianças que têm o nome desses insetos trocam de lugar imediatamente, procurando aquela ocupar um dos lugares vagos. Em vez de dizer o nome de dois insetos, a do centro pode gritar:  __ O veneno caiu! (todos trocam de lugar). Exemplo de insetos: mosca – mosquito – gafanhoto – abelha – borboleta – traça – piolho – grilo – lova-a-deus – barbeiro – mariposa – besouro – vaga-lume – formiga – vespa – pulga – cupim – libélula – cigarra – pulgão – pernilongo.

11 Autoavaliação: reunir os alunos em uma grande roda e solicitar a eles quais animais ou plantas estes já conheciam, ou se eles conhecem outro que não foi trabalhado no jogo.

12 Refletindo: ao abordar os insetos nesta atividades poderemos trabalhar com os alunos as características destes animais invertebrados, o maior grupo de animais da Terra. Este grupo de animais é o mais diversificado existente e podem ser encontrados em quase todos os ecossistemas. Os insetos são geralmente pequenos e têm o corpo segmentado e protegido por um exosqueleto de quitina. O corpo é dividido em três tagmas: cabeça, tórax e abdómen. Na cabeça encontram-se um par de antenas sensoriais, um par de olhos compostos, dois ou três olhos simples ou ocelos e as peças bucais: um par de mandíbulas, um par de maxilas e a hipofaringe. Outras estruturas que fazem parte do aparelho bucal dos insetos são o lábio, o labro, um par de palpos labiais, um par de palpos maxilares e o clípeo. Essas peças são modificadas em cada grupo para atender aos diferentes hábitos alimentares, formando diversos tipos de aparelho bucal (sugador, mastigador, triturador e lambedor).

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Quem sou eu?

1 Objetivo Geral: verificar os diferentes movimentos dos animais, tendo mais respeito aos mesmos.
1.1 Objetivo cognitivo: comprender os diferentes moviemntos realizados pelos animais.
1.2 Objetivo afetivo: imitar os animais para adquirir uma maior sensibilização da natureza.
1.3 Objetivo motor: desenvolver a expressão corporal.

2 Eixo temático: ambiente.

3 Conteúdo: seres vivos - animais.

4 Série: 1º ciclo do Ensino Fundamental (1º, 2º e 3º anos)

5 Público alvo: crianças.

6 Número de participantes: de 20 a 30 alunos.

7 Material: sem material específico.

8 Tempo: em torno de 20 minutos.

9 Formação: uma roda.

10 Procedimento: numa roda, destacar alguém para ficar no interior desta, já que será colocado um papel em suas costas com um respectivo animal, esta deverá representar vários animais até acertar o animal, sendo aplaudida por todos.

11 Autoavaliação: após o jogo pergunta-se aos alunos que imitaram os animais como se sentiram ao ter que fazer diferentes movimentos corporais ao grande grupo.
 
12 Refletindo: Com esta brincadeira podemos reconhecer a importância dos animais para o homem, e identificar as diferentes formas de movimento dos animais, enfocando à diversidade dos animais, mostrando que são seres vivos, que têm um ciclo de vida, características específicas que estão inseridas em um ambiente onde devem ser respeitados e preservados.

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Jogo da hibernação

1 Objetivo Geral: estudar a hibernação entre os animais endotérmicos.
1.1 Objetivo cognitivo: entender que certos mamíferos podem ter suas atividades orgânicas quase paralisadas durante o inverno.
1.2 Objetivo afetivo: perceber as diferenças orgânicas que existem na vida animal.
1.3 Objetivo motor: desenvolver a velocidade de reação e velocidade.

2 Eixo temático: ambiente.

3 Conteúdo: sere vivos - hibernação dos animais.

4 Série: 1º ciclo do Ensino Fundamental (1º, 2º e 3º anos).

5 Público alvo: crianças.

6 Número de participantes: de 20 a 30 alunos.

7 Material: sem material específico.

8 Tempo: em torno de 20 minutos.

9 Formação: sem formação específica.

10 Procedimento: os alunos dispersos pela quadra, uma das crianças será escolhida como o animal hibernante e ficara imobilizada em sua toca. As crianças tentarão acordar o animal chamando-o, quando o animal acordar ele correrá atrás dos colegas, quem for pego virará animal hibernante também.

11 Autoavaliação: após o jogo verificar junto aos alunos como se sentiram estando na posição de animal em hibernação, ao ser oportunizado pelos colegas.
 
12 Refletindo: podemos conversar com os alunos sobre a hibernação, que é um estado letárgico pelo qual muitos animais endotérmicos, em grande maioria de pequeno porte, passam durante o inverno, principalmente em regiões temperadas e árticas. Os animais mergulham num estado de sonolência e inatividade, em que as funções vitais do organismo são reduzidas ao absolutamente necessário à sobrevivência. A respiração quase cessa, o número de batimentos cardíacos diminui, o metabolismo, ou seja, todo o conjunto de processos bioquímicos que ocorrem no organismo, restringe-se ao mínimo. Pode-se dizer que qualquer animal que permanece inativo durante muitas semanas, com temperatura corporal inferior à normal, está em hibernação, embora as mudanças fisiológicas que acontecem durante o letargo sejam muito diferentes, de acordo com as diferentes espécies.

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Quem é você?

1 Objetivo geral: diferenciar os animais cordados pelas suas características que os diferem em diferentes classes.
1.1 Objetivo cognitivo: comprender as características que diferenciam os animais em classes.
1.2 Objetivo afetivo: adquirir o interesse pelo estudo dos diferentes animais existentes.
1.3 Objetivo motor: desenvolver velocidade de reação e velocidade.

2 Eixo temático: vida e ambiente.

3 Conteúdo: seres vivos - animais vertebrados.

4 Série: 3º ciclo do Ensino Fundamental (6º e 7º anos).


5 Público alvo: crianças e pré-adolescentes.

6 Número de participantes: de 20 a 35 alunos.

7 Tempo: em torno de 20 minutos.

8 Material: sem material específico.

9 Formação: uma roda.

10 Procedimento: destacar um participante para responder as perguntas dos colegas com sim ou não, que ficará no interior do círculo, para descobrirem que animal é ele, através das característica dos animais, como por exemplo: se tem pelos, se vive na água, se voa, se tem escamas, se tem bico. Quando acertarem o animal, este sai em disparada em direção da turma, para pegar um outro participante e ocupar o seu lugar.
Por exemplo:
Cão: tem pelos, mama, é carnívoro, tem cauda, latem ...
Jacaré: tem escamas, tem cauda, é carnívoro, vivem na água e na terra...
Tubarão: tem escamas, tem nadadeiras, respira por branquias...
Sapo: tem pele úmida, possui cauda, sofrem metamorfose...
Canário: possui bico, tem penas, tem asas...

11 Autoavaliação: após a atividade os alunos podem avaliar o cumprimento das regras do jogo, o empenho na tarefa, o respeito a opinião dos outros, se participou ativamente do jogo e se superou as suas dificuldades. Estas perguntas autoavaliativas podem ser entregues individualmente para os alunos responderem, escrevendo em um papel as respostas.
  
12 Refletindo: após este jogo verificamos que os animais cordados, entre os quais incluímos os peixes, anfíbios, répteis, aves e mamíferos, parecem muito diferentes entre si. Os peixes e larvas de anfíbios, por exemplo, vivem na água, respirando por meio de brânquias. Outros cordados vivem em terra firme e respiram por meio de pulmões. Entre estes últimos há os que caminham pelo solo e os que voam, como as aves e os morcegos. Os cordados adaptados ao ambiente aquático têm nadadeiras, já os de terra firme possuem pernas, braços ou asas; alguns têm o corpo revestido por escamas, outros têm pelos ou penas. Essas são apenas algumas das diferenças que fazem dos cordados um dos grupos mais diversificados entre os animais.

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Competição num ecossistema

1 Objetivo geral: verificar como funciona a competição entre animais num mesmo ecossistema.
1.1 Objetivo cognitivo: compreender a competição que pode ter num ecossistema.
1.2 Objetivo afetivo: vivenciar a competição pela sobrevivência na natureza.
1.3 Objetivo motor: desenvolver a velocidade e a agilidade corporal.

2 Eixo temático: vida e ambiente.

3 Conteúdo: relação entre os seres vivos e o ambiente.

4 Série: 3º ciclo do Ensino Fundamental (6º e 7º anos).

5 Público alvo: crianças e pré-adolescentes.

6 Número de participantes: de 20 a 30 alunos.

7 Material: sem material específico.

8 Tempo: em torno de 20 minutos.

9 Formação: três círculos concêntricos, de fora o maior onde ficarão as  cobras e entre o maior e o menor as corujas e gaviões, e no menor círculo os ratos, preás e coelhos.

10 Procedimento: as cobras do círculo maior deverão passar para o círculo menor sem serem pegos pelas corujas e gaviões que estão no círculo intermediário. Aquele que for tocado será eliminado do jogo.

11 Autoavaliação: após a atividade solicitar aos alunos que autoavaliem a sua participação e desempenho no jogo da competição num ecossistema.
 
12 Refletindo: após este jogo de pega-pega podemos conversar com os alunos sobre a competição num mesmo ecossistema, de duas espécies de seres vivos que têm nichos ecológicos semelhantes. A competição ocorre quando indivíduos de uma mesma espécie ou de espécies diferentes disputam alguma coisa num mesmo ambiente, como alimentos. Na natureza, quando a competição se torna muito grande entre seres de espécies diferentes, a espécie menos adaptada migra para outras regiões ou muda seus hábitos alimentares, podendo até ser extinta da região em que vivia. Além do alimento, os seres vivos podem competir por outros fatores do ambiente, como um abrigo para morar, água ou uma sombra para se protegerem do calor do sol. A competição é um tipo de relação ecológica. Ela funciona como mecanismo de seleção natural, pois os indivíduos que conseguem vencer a competição podem provocar o desaparecimento da outra espécie ou a sua mudança de hábitat. Se os nichos ecológicos de duas espécies diferentes forem também diferentes, não haverá competição entre elas. Por exemplo corujas, cobras e gaviões são predadores que competem entre sí pelas mesmas espécies de presas, principalmente por pequenos roedores (ratos, preás, coelhos etc...) que são as presas prediletas destes diferentes predadores, portanto é uma competição por alimento.

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A arca de Noé

1 Objetivo geral: identificar os diferentes modos de vidas de uma espécie num ecossistema.
1.1 Objetivo cognitivo: examinar as características locomotivas de alguns animais.
1.2 Objetivo afetivo: observar as diferentes formas de locomoção existentes no mundo animal.
1.3 Objetivo motor: desenvolver a coordenação motora e a expressão corporal.

2 Eixo temático: ambiente.

3 Conteúdo: seres vivos - locomoção dos animais

4 Série: 2º ciclo do Ensino Fundamental (4º e 5º anos).

5 Público alvo: crianças.

6 Número de participantes: de 20 a 30.

7 Material: preparar uma série de duplas de papéis com nomes de animais.

8 Tempo: em torno de 20 minutos.

9 Formação: sem formação específica.

10 Procedimento: estes papéis são distribuídos aos jogadores, que devem imitar a marcha e a posição do animal designado e tentar identificar o jogador que imita o mesmo animal que o seu. Os jogadores não podem falar nem imitar as vozes dos animais. Quando forma um par, os alunos chamam o professor para conferir se estão corretos os pares, caso contrário continuam procurando o par certo.

11 Autoavaliação: solicitar aos alunos autoavaliarem as dificuldades e facilidades encontradas para cumprirem a tarefa solicitada.
 
12 Refletindo: após este jogo podemos conversar com os alunos dizendo que copiar a natureza pode não ser uma tarefa simples, mas traz muitos benefícios para a humanidade. O modo como os bichos se deslocam tem inspirado os cientistas no desenvolvimento de mecanismos de finalidades variadas. O relato de VEJA sobre mais uma conquista nesse campo oferece a oportunidade de examinar com a turma a locomoção animal e avançar nos domínios da biomimética. Lições da lagarta (Revista Veja - 11/04/2007):
                     Os cientistas que se dedicam à biorrobótica, um campo de pesquisa relativamente novo, acreditam que a natureza tem muito a ensinar aos fabricantes de robôs. Os robôs que hoje funcionam nas linhas de montagem das fábricas ou pesquisam o solo de Marte, duas de suas muitas utilizações, são prodígios da tecnologia, mas cada um de seus movimentos exige uma programação complexa. A biorrobótica acredita que pode criar robôs simples, baratos e eficientes reproduzindo o mecanismo do movimento de alguns animais. Já existem protótipos de robô inspirados na tromba do elefante, nos tentáculos do polvo, nas salamandras e nos peixes. A mais recente e espetacular dessas experiências tornou-se conhecida na semana passada com a divulgação, por uma equipe da Universidade Tufts, nos Estados Unidos, do robô-lagarta. A máquina se baseia na forma de rastejar da lagarta da folha do tabaco, que tem o nome científico de Manduca sexta. Com setenta músculos em cada segmento do corpo e um nervo para controlar cada um deles, a lagarta consegue se movimentar em todas as direções e subir nos galhos das plantas.
                     Para montarem os primeiros protótipos do robô-lagarta, os pesquisadores desenvolveram um tubo oco feito de silicone, resistente mas maleável, pelo qual correm molas que se contraem sob o efeito de descargas elétricas (veja o quadro). É um mecanismo tão simples quanto o dos brinquedos infantis, que por enquanto faz o robô se virar para a direita e para a esquerda. Até o fim do ano, a equipe espera que o robô reproduza integralmente os movimentos da Manduca sexta. Prevêem-se várias utilizações para a engenhoca. Ela será capaz de se esgueirar por locais de difícil acesso em espaçonaves e reatores nucleares, a fim de localizar problemas. Poderá ser usada na detecção de minas terrestres. Em tamanho reduzido, terá uso na medicina em exames internos, passeando pelo corpo humano e "enxergando" os órgãos por dentro. Diz o biólogo Barry Trimmer, um dos cientistas envolvidos com o projeto: "O problema com os robôs convencionais é que eles se mexem por meio de juntas, que são rígidas e limitam seus movimentos. O nosso pode se mexer à vontade". Trimmer prevê que, quando forem produzidos em escala, os robôs-lagarta custarão incrivelmente barato – cerca de 1 dólar.

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