quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

Mais além do simples ouvir

1 Objetivos: sensibilizar-se, apreciando os sons emitidos pela natureza, adquirindo um bem estar relaxante e harmonioso com a natureza.

2 Material: sem material específico.

3 Tempo: em torno de 25 minutos.

4 Número de participantes: sem número específico.

5 Público alvo: pré-adolescentes, adolescentes e adultos.

6 Formação: distribuídos livremente em uma área ao ar livre, estando em contato com a natureza.

7 Procedimento: antes de tudo, ao desenvolver um relaxamento, é bom solicitar aos indivíduos que se espreguicem. Espreguiçar-se é uma espécie de mini-relaxamento que se pode fazer em qualquer momento. Pedir aos alunos que coloquem-se em uma posição bem confortável. Soltando qualquer roupa que estiver apertando. Ficando o mais confortável possível. Fechando os olhos e respirando calma e profundamente. Após este momento deve-se orientar e conduzir o relaxamento, como segue a seguir: ao inspirar imagine que está entrando em você, calma, tranqüilidade, paz; e, ao espirar, sinta que a tensão está indo embora, junto com ela. Aos poucos irá se sentindo cada vez melhor. Quando sentir que entrou no ambiente de calma, solicitar um minuto de silêncio, pedindo para que tentem ouvir todos os ruídos possíveis, longínquos e próximos. Durante outro minuto, escutar com a mente os ruídos que têm maior capacidade de falar-nos. Depois, aqueles que falam ao nosso coração e que nos trazem alguma mensagem reconfortante. O passo seguinte, depois de escutar, é perceber. E como é gratificante poder perceber o silêncio da natureza, a harmonia existente na sinfonia do universo. Ao final, peça para eles se espreguiçarem demoradamente como se estivessem acordando. O.K., podem abrir os olhos!

8 Autoavaliação: ao término do relaxamento conduzido socializar no grande grupo as suas descobertas, vivências, emoções, sentimentos, lembranças...

9 Refletindo: quando nos esforçamos em distinguir o canto dos pássaros, ficamos admirados. Compreendemos que até esse momento estávamos limitados a ouvir e não a escutar. Cada canto de cada pássaro é especial: o tom terno e melancólico da rolinha é diferente do musical de um bem-te-vi ou de um sabiá, e o canto agudo das gralhas é diferente do clássico e harmonioso do canário ou do buliçoso e brincalhão de um periquito. O mesmo acontece com o vento. O canto do vento é diferente se ele tiver como instrumento de ressonância uma mata ou uma plantação de cana. Como é bom diferenciar a sinfonia que nos oferece um bosque de pinheiros ou de eucaliptos ou um bambuzal. É bem provável que, se escutássemos com freqüência essas melodias que gratuitamente nos oferece a natureza, iríamos tornar-nos exigentes em relação à música comercial. Aprenderíamos a valorizar mais as obras musicais nas quais reinam a harmonia e o ritmo artístico do que aquelas outras em que se refletem a desordem de uma civilização neurotizada e mercantilista. Algumas canções correspondem à harmonia do universo, outras à desordem estrutural e inclusive psicológica da civilização de consumo.

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